1965 37ª edição 5 de Abril “My Fair Lady”

My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady

Audrey Hepburn + My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady, Audrey Hepburn, Rex Harrison

My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady

Audrey Hepburn as Eliza Doolittle in ‘My Fair Lady’ (1964). Costume Design by Cecil Beaton.

My Fair Lady

Audrey Hepburn (My Fair Lady 1963)

My Fair Lady, Audrey Hepburn, Rex Harrison

My Fair Lady
A história de My Fair Lady é uma autêntica história de Cinderela. Eliza Doolitle, uma simples vendedora de flores londrina com um sotaque cockney de bradar aos céus, não perde um sapatinho à meia-noite mas desperta as atenções de um especialista em fonética, o professor Henry Higgins, que aposta com um amigo conseguir torná-la uma senhora elegante da alta sociedade. A ideia inicial, já se sabe, era apenas fazê-la passar pelo grau de duquesa num baile de Embaixada, mas ao joguete de ascensão social acresce um inesperado quadro romântico…
No musical de 1964, Audrey Hepburn interpreta Eliza, essa mulher tosca que se transformou em cisne pelas mãos de Higgins (Rex Harrison). E a propósito de semelhante passe de magia não será desadequado pensar em George Cukor, o seu realizador, como uma metáfora do próprio professor. Afinal, estamos a falar daquele que merece verdadeiramente o epíteto de “cineasta das mulheres”, um dos mais exímios profissionais no reconhecimento dos talentos femininos da Hollywood clássica.
Basta ver os frutos da sua dezena de colaborações com a outra Hepburn, Katharine – entre as quais o muito esquecido Sylvia Scarlett (1935), onde a atriz desafia a imagem de género andado o tempo todo vestida de homem -, os seus títulos reveladores de um “programa” pessoal – Mulherzinhas (1933), Mulheres (1939)… – ou esse filme que devolveu o brilho a uma frágil Judy Garland, Assim Nasce Uma Estrela (1954). Cukor soube sempre tirar partido do esplendor natural das suas atrizes, da força da sua expressão (cómica ou dramática), e no caso de Audrey Hepburn isso refletiu-se no modo como Eliza vai subtilmente ganhando postura de lady até àquele memorável instante em que a vemos, esbelta, subir as escadas no tal baile da Embaixada.
Apesar de ser hoje considerada uma das suas mais notáveis interpretações, a Eliza de Audrey não foi o imediato ponto de triunfo do filme para os críticos. E a razão é só uma: a atriz, que não tinha a voz desejada para as partes musicais, foi dobrada nas canções pela soprano Marni Nixon (cantora que dobrou, por exemplo, Natalie Wood em West Side Story). Defendia-se que, mesmo vulnerável, deveria ter sido a voz de Audrey a dar identidade às músicas de Frederick Loew.

My Fair Lady
Sendo adaptado do muito bem-sucedido musical da Broadway – que, por sua vez, parte da peça Pigmaleão (1912), de George Bernard Shaw – My Fair Lady (em português Minha Linda Lady) era para ser interpretado pela mesma atriz que o protagonizou nos palcos, Julie Andrews, nessa altura um rosto desconhecido no mundo do cinema. E foi precisamente o receio desse anonimato na grande tela que fez o produtor Jack L. Warner recuar perante a escolha da jovem atriz, preferindo jogar pelo seguro (já que seria a sua produção mais cara até então, com um orçamento superior a 17 milhões de dólares) e eleger uma reconhecida estrela da indústria.
Também Rex Harrison, que já tinha interpretado o professor Higgins na peça musical, esteve em risco de ser substituído no filme por Rock Hudson ou Cary Grant… mas foi este último quem fez questão de dizer ao produtor da Warner Bros. que nem se daria ao trabalho de ir ver o filme se Harrison viesse a ser substituído no seu célebre papel.
Olhando para o cenário dos Óscares que se seguiram, é curioso verificar o reflexo destas decisões. No meio das suas doze nomeações e oito estatuetas conquistadas, entre elas a de melhor filme, melhor realizador e melhor ator, sentiu-se a ausência do nome de Audrey Hepburn. Ironia das ironias, e contra as primeiras expectativas, quem levaria para casa o Óscar de melhor atriz nesse ano seria Julie Andrews, por Mary Poppins – Walt Disney não teve medo de arriscar no novo talento e saiu-lhe a sorte grande.
Não obstante o sabor amargo da indiferença perante a prestação feminina de My Fair Lady, veja-se este resumo de factos pela boa perspetiva: Julie Andrews teve direito a uma gloriosa estreia nas lides de Hollywood e Audrey Hepburn eternizou em Eliza Doolitle o toque de mulher-menina que só ela possuía. Por sua vez, George Cukor, mestre do bom gosto, que começou a sua carreira no teatro e passou para os estúdios com um genuíno espírito de trabalho de grupo, foi o grande responsável pela elegância, espirituosidade e glamour que revestem a produção de My Fair Lady (mesmo que a rodagem tenha ficado marcada pelo conflito permanente com o autor dos cenários e figurinos, Cecil Beaton). Da brusca entrada de Eliza em casa do professor Higgins ao regresso do baile, passando pela luminosa sequência musical do The Rain in Spain, há muito para deliciar o espírito nesta obra requintada.
No final da perfeita metamorfose o que prevalece é o condão do “cineasta das mulheres”, a sua arte de esculpir a graça de Audrey fugindo a qualquer encenação básica de um manual de boas maneiras. Tudo aqui é encanto e romantismo de alto gabarito.

Audrey Hepburn and Mel Ferrer attending one of the premieres of My Fair Lady in 1964.

Alternative poster of My Fair Lady, 1964.

My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady

My Fair Lady
My Fair Lady é um musical baseado na obra de George Bernard Shaw ‘s Pygmalion, com letras de Alan Jay Lerner e música de Frederick Loewe . A história diz respeito Eliza Doolittle, uma Cockney menina flor que tem aulas de dicção com o professor de fonética Henry Higgins, (Rex Harrison) de modo a que possa passar como uma dama.
Em 1956 o musical da Broadway foi um sucesso importante de produção , estabelecendo um recorde para a corrida mais longa de qualquer grande produção de teatro musical na história. Foi seguido por uma produção hit Londres, uma popular versão para o cinema, chamaram-lhe “o musical perfeito”.
Sem comentários:
Enviar um comentário